Quando nascemos nosso primeiro gesto individual é a respiração. Gesto esse que irá nos acompanhar por toda a vida até nosso último suspiro, sem que para isso façamos esforço, ele acontece naturalmente e de forma autônoma, seguindo nossas experiências ora expandindo, ora se contraindo; se ajustando sabiamente a cada momento.
Experimente observar sua respiração sem interferir, apenas se dando conta desse processo de inspiração e expiração. Veja que parte do corpo se move e como ela se manifesta. Agora interferindo de forma ativa no sistema respiratório, escolhendo conscientemente outro jeito de respirar, inspire suavemente contando até quatro e expire também em quatro tempos. Faça isso por 5 minutos e perceba o que acontece.

A respiração de forma consciente é utilizada há séculos, tanto no Oriente quanto no Ocidente, como uma grande ferramenta para auxiliar nos processos de mudanças, conscientização, expansão, transformação, cura, meditação, etc.

Atualmente existe uma infinidade de técnicas ativas de respiração, algumas mais intensas como a holotrópica; outras mais suaves, como as praticadas no renascimento. Pranayamas utilizados pelo yoga podem ter propósitos específicos, como por exemplo, ajudar na crise de síndrome do pânico, na insônia, no fortalecimento da musculatura respiratória, entre outros.

Nossa proposta é que você comece experimentar uma prática diária do exercício a seguir para sentir e descobrir os seus benefícios: sente-se confortavelmente com a coluna ereta e os olhos fechados; inspire ampla e profundamente pelo nariz, enchendo os pulmões com mais ar do que respira normalmente. Expire, também pelo nariz, deixando o ar sair suavemente. Continue por 10 minutos, observando tudo o que acontece (emoções, sensações, imagens, etc.), porém, procure não julgar.

Nosso foco é desenvolver e aprimorar sua auto-percepção por meio da respiração. Assim é importante numa prática, sentir e acompanhar os movimentos internos, os pensamentos, as sensações e as emoções sem interferir, como se fosse um expectador, assistindo ao que acontece com você. Procure manter o ritmo da respiração, permitindo-se ouvir o corpo e deixar a sabedoria do seu sistema atuar.

Com Amor,
Maria S. R. Oliveira